“Já ontem [domingo] estive nas comemorações e hoje voltei, como não podia deixar de ser. Também estive na tropa e já não me lembrava de ver tanta arma junta”, disse Daniel Sardinha, um dos habitantes da cidade alentejana, encostado ao gradeamento, atrás das tropas em parada.

Na Avenida do Regimento das Forças Armadas, militares dos três ramos das Forças Armadas já se encontram em parada, a aguardar a chegada do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que vai presidir às cerimónias.

Nem o calor tórrido do Alentejo que se faz sentir já esta manhã, afastou as centenas de populares que se distribuíram pelas ruas para assistirem, preferencialmente à sombra, ao desfile militar.

“Estou à espera de ver o nosso Presidente. É uma figura familiar, já estou habituada a vê-lo na televisão todos os dias”, disse Lurdes Mourato, ladeada pelo marido, José, manifestando-se satisfeita por Portalegre acolher as comemorações do 10 de Junho.

Nos prédios em volta, em quase todas as janelas e varandas estão pessoas a assistir e com bandeiras penduradas, enquanto, na rua, muitos são os habitantes que também erguem pequenas bandeiras de Portugal.

“A cidade é sempre muito parada e isto [as comemorações] veio trazer alegria à terra”, afiançou Lurdes Mourato.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, preside hoje às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que começam em Portalegre, de manhã, e terminam em Cabo Verde na terça-feira.

Antes do início da cerimónia, a alguns metros de distância um pequeno grupo de professores gritou palavras de ordem em defesa da recuperação integral do tempo de serviço dos docentes e entre os professores encontra-se o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira. Os professores estão a distribuir um texto sobre as suas reivindicações e já no domingo realizaram idêntica manifestação junto ao Museu da Tapeçaria.

Em Portalegre, agora de manhã, na Avenida das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa fará o seu primeiro discurso na presença do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e do primeiro-ministro, António Costa, depois de honras militares, de uma cerimónia em homenagem aos mortos em combate e de uma intervenção do presidente da Comissão Organizadora das Comemorações, o jornalista João Miguel Tavares.

As comemorações do Dia de Portugal começaram no domingo, no centro da cidade de Portalegre, com uma cerimónia de içar da bandeira nacional - ocasião em que o chefe de Estado aproveitou para defender que o 10 de Junho é em primeiro lugar uma efeméride que celebra "o culto da pátria", frisando que o país cultiva o seu passado, mas é um projeto virado para o futuro.

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