“O dia 7 de outubro de 2023 foi o dia mais negro da história judaica desde o Holocausto. Um ano depois, unimo-nos para recordar as vidas tão cruelmente ceifadas”, disse, numa mensagem partilhada hoje.
Em 7 de outubro de 2023, o grupo islamita palestiniano lançou um ataque contra Israel, matando 1.200 israelitas e fazendo 250 pessoas reféns, das quais 101 continuam prisioneiras.
A maioria das vítimas eram civis, incluindo crianças e bebés, e dezenas de jovens que se encontravam num festival de música.
“Um ano depois, essa dor coletiva não diminuiu nem esmoreceu”, afirmou Starmer, saudando as famílias pela “força e determinação em guardar as memórias daqueles que perderam”.
“Mantenho-me firme no nosso compromisso de trazer os reféns para casa, e não desistiremos até que eles sejam devolvidos”, acrescentou.
Num evento hoje em Londres, Mandy Damari, cuja filha, Emily, que tem dupla nacionalidade israelita e britânica, foi raptada no ‘kibbutz’ Kfar Aza e levada para a Faixa de Gaza, pediu ajuda do Governo britânico.
“Como é que ela ainda está na prisão, passado um ano, porque é que o mundo inteiro, especialmente o Reino Undo, não está a lutar a cada momento para garantir a sua libertação? O seu sofrimento parece ter sido esquecido”, queixou-se.
Renovando o apoio à comunidade judaica, alvo de um número crescente de ataques antissemitas, Starmer também lembrou “os civis suportam as terríveis consequências deste conflito no Médio Oriente”.
“Reitero o meu apelo a um cessar-fogo imediato em Gaza e no Líbano e ao levantamento de todas as restrições às actividades humanitárias”, vincou.
Segundo a Community Security Trust (CST), organização que fornece segurança a escolas e locais de culto judaicos, foram registados um número recorde de 5.583 incidentes entre 07 de outubro de 2023 e 30 de setembro de 2024.
Este número foi o triplo do número total de incidentes registados no mesmo período do ano passado no Reino Unido, que foi de 1.830.
A maior parte destes incidentes, que ocorreram sobretudo na capital britânica, envolveu ataques verbais (4.583), ameaças (401) e ataques físicos (302), incluindo um de “violência rara”.
Uma sondagem para o jornal Sunday Times publicada hoje revela que 18% dos inquiridos afirmaram que são mais solidários com os palestinianos e 7% apoiam mais Israel.
Os restantes 75% não apoiam nenhum dos lados ou estão indecisos.
O mesmo inquérito indica que a maioria dos britânicos opõe-se ao ataque terrestre de Israel ao Líbano, à utilização de ataques aéreos para matar líderes do Hezbollah e à utilização de pagers explosivos para atingir figuras do Hezbollah.
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