“A operação foi montada em tempo recorde, atendendo também à urgência em responder às necessidades de abastecimento do comércio e, particularmente, da distribuição alimentar”, afirma o secretário da Economia do Governo Regional, Rui Barreto, citado numa nota.
A decisão de desencadear esta operação foi comunicada na quinta-feira pelo executivo insular, face aos problemas causados pela forte ondulação e pelo vento no arquipélago, uma situação que está a impedir os navios cargueiros de efetuarem a descarga de mercadorias na região.
Rui Barreto adianta que a ligação para abastecer a ilha do Porto Santo (uma das duas ilhas habitadas do arquipélago, mas com menos população e infraestruturas do que a ilha da Madeira) vai ter início hoje à tarde.
O avião vai ter “o porão totalmente cheio, ocupando os cerca de 70 metros cúbicos da capacidade de carga da aeronave, ou seja, cerca de sete toneladas de alimentos e também alguns medicamentos”, indica.
Desta forma, o Governo Regional (PSD/CDS-PP) pretende “abastecer o Porto Santo com os principais bens essenciais enquanto não é possível fazê-lo por via marítima, o que só deverá acontecer a partir de domingo, caso se confirmem as previsões do estado do tempo”.
Rui Barreto reforça o apelo “ao bom senso e à serenidade da população, por forma a que os bens possam chegar a todos, de uma forma equitativa, sem alarmismos e sem açambarcamentos desnecessários”.
“Esta é uma situação que o Governo Regional está a acompanhar com especial atenção e tudo fará para fique sempre garantido o abastecimento”, assegura.
Trata-se, sublinha, de “uma situação transitória”, já que a previsão de melhoria do estado do tempo a partir de domingo permitirá retomar o abastecimento regular por via marítima.
Desde o passado sábado que o arquipélago da Madeira está a ser afetado por forte agitação marítima e vento forte, com sucessivos avisos da Capitania do Funchal, nos quais a autoridade marítima recomenda que as embarcações permaneçam nos portos de abrigo.
Hoje a capitania cancelou o aviso de agitação marítima forte, mas manteve o de vento forte e a recomendação.
Devido a estas condições marítimas adversas, a título excecional, três navios foram autorizados, na terça-feira, a descarregar bens perecíveis, animais vivos e contentores de gás no porto de cruzeiros do Funchal, visto que era impossível aportarem na infraestrutura dedicada a descargas no Caniçal, no extremo leste da Madeira.
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