Num comunicado enviado ao SAPO24, o partido sublinha que depois de ter tomado conhecimento que os diretores de informação das três estações, António José Teixeira (RTP), Ricardo Costa (SIC) e Nuno Santos (TVI), "defendem um modelo de organização conjunta que discrimina um partido que obteve mais de 100 mil votos nas últimas eleições legislativas, enquanto beneficiam outros partidos que, tal como o ADN, não têm representação no parlamento europeu, solicitou com urgência uma reunião com todos eles".

Acrescentam que desde 23 de junho de 2015, data em que entrou em vigor a Lei n.o 72-A/2015, a qual veio estabelecer um novo regime jurídico da cobertura jornalística em período eleitoral, que a "discriminação negativa sobre os partidos sem assento parlamentar", nos debates políticos e nas campanhas eleitorais "tomou proporções inaceitáveis", sendo que, segundo o ADN na Constituição está consagrado o princípio de direito eleitoral da igualdade de oportunidade e de tratamento das diversas candidaturas.

"Os debates eleitorais ou mesmo a cobertura da campanha eleitoral deviam contribuir para uma democracia mais esclarecida e um povo informado, algo que não tem acontecido devido à regra dos órgãos de comunicação social poderem beneficiar partidos com representação parlamentar", dizem.

Dão ainda como exemplo o facto do ADN ter obtido 102.132 votos nas últimas eleições legislativas, razão pela qual afirmam ter passado a ser "um partido político com relevância para os debates e para a própria campanha eleitoral, pois a lei eleitoral faz uma clara discriminação positiva de direitos para os partidos que conseguem obter 50 mil votos".

Acrescentam também que neste momento, é impossível criar uma lei que, em tempo útil, obrigue à inclusão de todos os candidatos ao parlamento europeu, o partido ADN considera que não existem motivos legais ou objetivos para que a candidata, Joana Amaral Dias, seja impedida de participar nos debates em que estejam presentes outros partidos que também não têm representação parlamentar europeia, nomeadamente o CHEGA, o Iniciativa Liberal, o LIVRE e o PAN.

Por fim, admitem não querem recorrer a tribunais, mas não excluem a possibilidade caso sejam prejudicados em debates televisivos.