O projeto da construção de um aeroporto no local da Base Aérea N.º6, no Montijo, obrigou à elaboração de um EIA, que a ANA — Aeroportos de Portugal solicitou à Profico Ambiente e que recebeu ‘luz verde’ da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para entrar em consulta pública em 27 de julho.
O EIA aponta diversas ameaças para a avifauna e efeitos negativos sobre a saúde da população por causa do ruído, o que se fará sentir, sobretudo, “nos recetores sensíveis localizados no concelho da Moita e Barreiro”.
A Câmara Municipal da Moita (PCP) deu parecer negativo ao EIA, enquanto os municípios do Barreiro e Montijo (ambos liderados pelo PS) aprovaram a construção da nova infraestrutura naquele local.
Várias organizações não-governamentais de ambiente deram parecer negativo ao EIA para o novo aeroporto no Montijo, considerando que existe uma “pressão política inaceitável” para a execução da obra.
No passado dia 10, o presidente da APA, Nuno Lacasta, disse no parlamento já ter “toda a informação necessária” para a avaliação do EIA, com mais de 1.000 contribuições diretas, adiantando que a decisão será conhecida no final de outubro.
As associações ambientalistas Quercus e Zero destacaram o ruído e as acessibilidades ao aeroporto do Montijo como as maiores preocupações inerentes à construção daquela infraestrutura.
A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.
Em 04 de janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que vão ser integralmente cumpridas eventuais medidas de mitigação definidas no EIA.
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