“Fazemos um balanço extraordinário da nossa ação nas três vertentes que tínhamos estabelecido”, afirmou à agência Lusa Alberto Tapada, um dos responsáveis pela associação sediada em Vila Real.
“O Douro à volta do mundo – Magellan World” foi o nome escolhido para a iniciativa de divulgação dos vinhos, turismo e cultura da região portuguesa classificada como Património Mundial da Humanidade em 2001, e que, segundo a organização é ainda um “território desconhecido”.
Ao longo desta semana decorreram ações, que tiveram como palco a Casa de Portugal de São Paulo, dirigidas a importadores, operadores turísticos e agências de viagem, jornalistas e bloggers. As ações contaram com 146 participantes.
Alberto Tapada referiu que os objetivos até “vão ser claramente superados”.
“O primeiro dos nossos desígnios foi encontrar um conjunto de parceiros que pudessem evidenciar uma forte componente comercial na área do turismo. Concretizar negócios é o objetivo central do projeto”, salientou o responsável.
O Douro trouxe na bagagem “250 propostas de natureza cultural, turística, comercial, vinhos, de produtos, de experiências” para dar a conhecer o território.
Também a nível dos vinhos, Alberto Tapada, frisou que “correu muito bem”.
“Não verificámos ainda em definitivo os resultados em termos de acordos, de intenções e parcerias, contratos, mas deram-se passos muito importantes, houve grandes aproximações e uma manifestação muito poderosa do tecido empresarial do Estado de São Paulo à volta deste projeto”, afirmou.
Outro aspeto importante, acrescentou, “tem a ver com a captação de investimento para o vale do Douro”.
“Tivemos alguns contactos exploratórios, mas parece-nos que existe alguma sintonia quer com empresários que querem investir no Douro, quer com a própria Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) que está na mesma linha de pensamento no âmbito da captação de investimento”, sublinhou.
Investimentos que poderão estar relacionados com as áreas do turismo, do vinho e da segunda habitação.
“A questão residencial, imobiliária, é algo que pode vir a ter algum impacto positivo e inovador no Douro”, sustentou o responsável pela AETUR.
A exposição de fotografia do Museu do Douro, que foi inaugurada na Casa de Portugal no âmbito do 81.º aniversário da instituição, vai partir em itinerância por algumas cidades deste Estado o que, segundo o responsável, ajudará também a divulgar o território.
Alberto Tapada afirmou que a região vinhateira do Norte de Portugal ainda é muito desconhecida, pelo que defendeu que é preciso “comunicar melhor o Douro”.
Durante estes dias e, no contacto com brasileiros, verificou-se que muitos conhecem o vinho do Porto, mas desconhecem o local onde é produzido.
O projeto “Magellan World” segue à boleia do navegador Fernão de Magalhães que protagonizou a primeira viagem de circum-navegação em 1519.
Esta viagem a São Paulo é uma das duas ações externas de promoção do Douro, contemplada no âmbito do “Magellan World”.
A segunda ação está prevista para Buenos Aires, Argentina.
O projeto resulta de uma candidatura ao Programa Norte 2020 de cerca de 790 mil euros, com uma comparticipação comunitária de 671 mil euros.
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