Vítor Escária disse à polícia não se lembrar de mais de 60 mil euros guardados no gabinete. Segundo a CNN Portugal, o chefe de gabinete de António Costa apenas tinha memória de um envelope com 7620 euros, a menor quantia.

Contudo, as autoridades encontraram um total de 75.800 euros em envelopes que estavam escondidos — e não apenas numa estante, havia também dinheiro noutros dois locais do gabinete e a maior quantia, 40 mil euros, estava dentro da caixa de uma garrafa de champanhe.

Imagens a que a CNN teve acesso mostram ainda que havia uma fotografia do primeiro-ministro por cima da estante que escondia envelopes com dinheiro.

A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.

Existem ainda outros arguidos, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.

O caso está relacionado com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus, a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, e a exploração de lítio no distrito de vila Real, em Montalegre e Boticas.