A sonda descolou a bordo de um foguetão Falcon 9, da empresa SpaceX, da base de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.
A missão Hera, a primeira da ESA de defesa planetária, vai estudar em detalhe o asteroide Dimorphos, cuja órbita foi alterada em 2022 pelo impacto de uma sonda lançada pela agência espacial norte-americana (NASA), no âmbito da missão DART.
Dimorphos, satélite natural do asteroide Didymos, foi o primeiro corpo do Sistema Solar cuja órbita foi alterada pela atividade humana.
A sonda Hera pretende com os seus instrumentos, 12 ao todo, reunir dados sobre Dimorphos que comprovem que a mudança de direção da trajetória de um corpo como um asteroide é uma técnica de defesa planetária fiável.
O engenho vai igualmente estudar as propriedades dos dois asteroides e colocar na órbita de Dimorphos dois pequenos satélites que farão observações da sua superfície e pesquisas por radar, as primeiras a um asteroide.
O asteroide que a missão Hera se propõe estudar é considerado um "protótipo" dos milhares de asteroides que poderão representar um risco de colisão para a Terra.
Nesta missão, as empresas portuguesas Tekever, GMV, FHP e Efacec estiveram envolvidas no desenvolvimento de vários componentes tecnológicos e operacionais, como um instrumento com tecnologia 'laser' capaz de medir distâncias até 20 quilómetros, o isolamento térmico e o sistema de orientação, navegação e controlo da sonda e um sistema inovador de comunicação entre satélites, segundo informação da Agência Espacial Portuguesa.
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