"Queremos um PSD para a nossa geração", diz Alexandre Poço, presidente da JSD e deputado à Assembleia da República, admitindo que para não se tornar irrelevante "o PSD tem de fazer reformas internas e tem de se modernizar". E garante que já está a tentar influenciar o novo presidente do partido, Luís Montenegro - eleito com o seu voto -, nesse sentido.
"A um poder absoluto corresponde uma oposição absoluta", considera Alexandre Poço, que não concorda com a trajetória descendente que o país está a seguir, mas que entende que "as pessoas que têm menos em Portugal não estão a confiar no PSD" porque o partido "não conseguiu ter nos últimos tempos um discurso ligado às pessoas reais".
"Falhámos", afirma o deputado de 29 anos, que hoje sabe que o PSD não pode ser uma oposição "que não chateie muito": "Temos de andar em cima de António Costa e do governo PS".
Alexandre Poço reconhece que "não temos [PSD] lugar cativo enquanto grande partido", mas recorda que mais de um milhão e meio de eleitores conta com o partido para ser alternativa. "Com esta estratégia de mais Estado, mais carga fiscal, o país não se consegue desenvolver" e "há um número recorde de portugueses que, mesmo trabalhando, é pobre".
O líder da Juventude Social Democrata lembra que "ninguém consegue ser livre se viver rodeado de um mar de pobreza". E lança uma provocação: "José Sócrates tinha um espírito mais reformista do que tem António Costa".
Uma conversa no rescaldo das diretas do Partido Social Democrata, que deram vitória a Luís Montenegro, na véspera do congresso do Partido Popular Europeu, que levou muitos "pêpêdês" a Roterdão (Países Baixos), e ainda antes do 40.º Congresso do PSD, que terá lugar nos dias 1, 2 e 3 de julho.
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