Segundo o autarca, a barragem de Sambade, que “abastece grande parte do concelho e algumas localidades de concelhos limítrofes, mantém níveis de água muito baixos, está a “11 ou 12%” da capacidade de armazenamento, o que não garante água de qualidade, pelo que a autarquia decidiu recorrer à barragem da Estevainha destinada a regadio.
O presidente da Câmara disse à Lusa que falta apenas “fechar o acordo” com a tutela, o que deverá acontecer nos próximos dias, para reativar a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Estevainha e começar a abastecer a população a partir desta reserva.
“Estamos muito mal”, resumiu o autarca, referindo-se às consequências da seca neste concelho, concretamente nas reservas de água para consumo humano.
Apesar das chuvas de outono, “só na última semana é que a barragem de Sambade começou a recuperar alguma água”, mas os níveis de armazenamento mantêm-se reduzidos.
O município está também a adotar outras medidas, nomeadamente ao abrigo de um protocolo celebrado hoje com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), através do qual é contemplado com um financiamento de 100 mil euros do Fundo Ambiental.
Esta verba destina-se, como explicou à Lusa, a fazer alguns trabalhos de melhorias nas captações de água do concelho transmontano, à aquisição de um camião-cisterna para transporte de água e de redutores para as torneiras da população.
A autarquia já adquiriu e distribuiu pelas famílias do município os 2.500 redutores previstos, cujo investimento será coberto pelo financiamento do Fundo Ambiental.
Relativamente ao camião-cisterna, a Câmara Municipal vai celebrar um protocolo com os bombeiros e será a corporação a fazer a aquisição da viatura destinada, de acordo com o autarca.
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