A Grécia "deve revogar urgentemente as normas jurídicas que privam sistemática e ilegalmente da liberdade as pessoas que pedem asilo no centro de Samos, financiado pela UE", declarou a AI.
A ONG divulgou esta terça-feira um relatório sobre o centro da ilha de Samos, no Mar Egeu, no qual denuncia a superpopulação local, que atingiu um pico de 4.850 ocupantes em outubro de 2023. "Isso levou as pessoas a serem alojadas em locais não residenciais, como cozinhas, salas de aula e contentores, em condições inadequadas."
"A Grécia tem sido há tempos um campo de testes para as políticas migratórias da UE baseadas na exclusão", denunciou Deprose Muchena, diretor da AI. "As descobertas em Samos mostram que esse modelo é punitivo, dispendioso e incentiva os abusos", acrescentou.
A UE aprovou em maio uma ampla reforma para endurecer os controles migratórios, que deve entrar em vigor em meados de 2026. Esse pacto migratório busca reforçar o controle nas fronteiras, com procedimentos destinados a facilitar a expulsão de imigrantes cujos pedidos de asilo forem rejeitados.
O Comité para a Prevenção da Tortura do Conselho da Europa divulgou neste mês um relatório sobre a prisão de imigrantes na Grécia, no qual denunciou o que chamou de "condições desumanas e degradantes" de centros financiados pela UE, incluindo os de Kos e Samos.
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