Em declarações à Lusa, a porta-voz da ANACOM, Ilda Matos, explicou que “a ideia surgiu porque de facto se constatou que pode ter efeitos benéficos, uma vez que preventivamente se alerta as populações para situações de calamidade e, portanto, as pessoas ficam avisadas e são avisadas de medidas que podem adotar para se protegerem em face da calamidade”.
Sem especificar detalhes, Ilda Matos informou que “os avisos serão feitos por telefone, através das rádios e das televisões” e que “o objetivo é que esteja a funcionar ainda no decurso do primeiro semestre deste ano, antes da época de incêndios”.
A porta-voz da ANACOM exemplifica o sistema de alertas em vigor nos Estados Unidos, que faz avisos à população sobre os furacões e outras catástrofes, identificando a situação, respetiva gravidade e conselhos, e avança que em Portugal o funcionamento será semelhante.
"Serão tidas em consideração as melhores práticas já seguidas noutros países, nos quais são utilizados sistemas de aviso à população potencialmente afetada pela ocorrência ou iminência de ocorrência de um acidente grave ou catástrofe (incêndios florestais, tsunamis, fenómenos meteorológicos adversos, cheias, rutura de barragens, emergências radiológicas, acidentes em estabelecimentos industriais, atentados terroristas, outros), com o objetivo de prestar informação sobre o evento em causa e sobre as medidas de autoproteção a adotar", acrescenta a ANACOM, em comunicado.
O sistema já começou a ser estudado, sendo que na sexta-feira realizou-se uma reunião com o objetivo de “analisar a melhor forma de estabelecer e operacionalizar um sistema de avisos à população em situações de emergência no âmbito da proteção civil”, lê-se na mesma nota.
“A reunião foi coordenada pelo presidente da ANACOM e contou com a participação do Secretário de Estado da Proteção Civil, de representantes da Autoridade Nacional de Proteção Civil, da ANACOM, da ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social], dos operadores de comunicações eletrónicas (MEO, NOS, VODAFONE e NOWO), dos operadores de rádio (RDP, TSF, Rádio Renascença e Rádio Comercial) e de televisão (RTP, SIC e TVI)”, acrescenta.
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