De acordo com a convocatória da reunião extraordinária daquela comissão, disponível no ‘site’ do parlamento, as audições iniciam-se pelas 09:30 com o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO) e com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT).
Segue-se, pelas 11:00, a audição da Comissão de Trabalhadores dos CTT e, pelas 12:00, é ouvido o Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP).
Pelas 15:00 será a vez da Anacom, entidade que tem vindo a alertar para incumprimentos no serviço prestado pelos CTT em relação ao que está previsto no contrato de concessão com o Estado.
Em causa está um requerimento apresentado pelo PS em dezembro passado solicitando ao Governo que promova uma avaliação das responsabilidades contratuais face à concessão em vigor entre o Estado e os CTT, documento no âmbito do qual foram aprovadas tais audições.
No seu ‘site’, a Anacom dá hoje conta de uma reunião que ocorreu na terça-feira entre o presidente do Conselho de Administração desta entidade, João Cadete de Matos, com o presidente executivo dos CTT, Francisco de Lacerda, e com o administrador financeiro dos Correios, Guy Pacheco.
Segundo aquela autoridade, neste encontro de trabalho foram “tratadas matérias relacionadas com o serviço postal universal, os indicadores de qualidade de serviço, os objetivos de densidade da rede postal, o acesso à rede postal, as relações com os consumidores e o desenvolvimento postal em Portugal”.
Em dezembro passado, os CTT divulgaram um Plano de Transformação Operacional, que prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores em três anos, um corte de 25% na remuneração fixa do presidente do Conselho de Administração e do presidente executivo, além da otimização da implantação de rede de lojas através da conversão de lojas em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura por parte dos clientes.
Já no início de janeiro deste ano, os Correios confirmaram o fecho de 22 lojas no âmbito deste plano de reestruturação, situação que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
A reprivatização dos CTT, que rendeu aos cofres do Estado mais de 900 milhões de euros, foi feita a dois tempos – em 2013 e em 2014 – em operações que renderam, respetivamente, 579 milhões de euros (70% do capital social da empresa a 5,52 euros por ação) e 343 milhões de euros (30% do capital social detido pela Parpública ao preço de 7,25 euros por ação).
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