“O Rafael representa o espírito deste prémio. Trabalhou como jornalista de investigação durante muitos anos, expondo as práticas corruptos do governo em Angola, e partilhando com os seus concidadãos e com o mundo o custo da corrupção em Angola”, disse à Lusa o presidente da organização, Carl Gershman.
O responsável disse que o portal de Rafael Marques na Internet, o Maka Angola, “é um líder do jornalismo de investigação, conhecido pelas suas importantes notícias e análises” e que “apesar do assédio constante e de ter sido preso varias vezes, Rafael continua a expor a corrupção e abusos de direitos humanos em Angola”.
“Continua implacavelmente otimista e concentrado numa abordagem estratégia que maximize a eficiência das suas ações”, explicou Gershman à Lusa.
O jornalista é um dos cinco homenageados que vai receber o “prémio democracia”, que distingue também Khalil Parsa, do Afeganistão, um ativista de direitos humanos que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em que foi atingido seis vezes, Claudia Escobar, uma juíza da Guatemala que denunciou um caso de corrupção envolvendo o Presidente do país e um líder parlamentar, Cynthia Gabriel, fundadora de uma organização anticorrupção na Malásia, e Denys Bihus, que lidera um grupo de jornalistas de investigação na Ucrânia.
Além de Paul Ryan, discursa também na cerimónia a líder dos Democratas na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e entregam os prémios os congressistas Karen Bass, Peter Roskam, Ed Royce, Mario Diaz-Balart e Norma Torres.
Antes da cerimónia, Rafael Morais e os outros homenageados participam num evento com o tema “Contabilizar o custo: o impacto da corrupção no crescimento da democracia e estabilidade”, com a participação do senador Ben Cardin.
“Em todo o mundo, indivíduos e organizações corajosas estão a pedir aos seus governos e representantes que sejam responsabilizados. Os movimentos de cidadãos estão a crescer e a exigir transparência e boa governação, frequentemente em resposta ao trabalho corajoso destes cinco homenageados, que arriscaram as suas carreiras, a sua liberdade e as suas vidas para denunciar a corrupção e as suas terríveis consequências”, disse o presidente da organização.
O National Endowment for Democracy foi criado há 34 anos para promover instituições democráticas em todo o mundo e está hoje presente em 90 países.
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