A posição foi hoje manifestada, em conferência de imprensa, pelo vice-presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Raul Danda.
O vice-presidente da UNITA e candidato nestas eleições a vice-Presidente da República referiu que o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA está a acompanhar “com a devida atenção” o anúncio dos resultados provisórios da CNE.
Raul Danda informa que, escrutinadas 48,75% de mesas das assembleias de voto em todo o país, o sistema de contagem montado pela UNITA revela que o partido lidera na província do Huambo, com 50,13% e com 47% dos votos na província da Lunda Sul.
Já na província de Luanda, capital de Angola, os resultados obtidos, até às 10:00 de hoje, colocavam a UNITA à frente, com 47,02%, sem contar com os resultados dos municípios de Viana e Cazenga, que não foram ainda inseridos.
“Ainda na província de Luanda, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) está com 36,72%, a CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) com 14,20%, a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Amgola) com 0,85%, o PRS (Partido de Renovação Social) com 0,84% e a APN (Aliança Patriótica Nacional) com 0,36%”, referiu Raul Danda.
De acordo com o escrutínio da UNITA, o partido regista diferenças substanciais, a favor do MPLA, “somente nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene”.
O dirigente da UNITA informou que continuam a ser introduzidos os dados das atas sínteses, recebidos das assembleias de voto de todo o país, com a perspetiva de se anunciarem os resultados finais nas próximas horas.
“O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela aos angolanos a manterem serenidade e confiança na direção do partido, que tudo fará para que a justiça vença e o resultado represente efetivamente a vontade dos eleitores expressa nas urnas”, exortou Raul Danda.
Raul Danda garantiu que “desde que os resultados sejam transparentes” e “em qualquer posição que a UNITA fique”, o partido vai respeitar os resultados.
“Nós precisamos é que a CNE tenha coragem para dizer de onde é que está a tirar esses resultados”, disse.
Na quinta-feira, um grupo de comissários representantes de partidos da oposição na Comissão Nacional Eleitoral (CNE) demarcou-se dos resultados provisórios apresentados pelo órgão eleitoral angolano, alegadamente devido aos procedimentos ilegais, utilizados na sua publicação.
Os últimos resultados provisórios divulgados hoje pela CNE dão vitória ao MPLA, com 61,70% dos votos alcançados nas eleições gerais angolanas e a eleição de João Lourenço para novo Presidente da República.
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