O arguido, que começou hoje a ser julgado no Tribunal de Aveiro, juntamente com dois indivíduos, está acusado de 26 crimes de furto, um dos quais na forma tentada, cinco de introdução de lugar vedado ao público e um de violência após subtração.
O suspeito, que se encontra em prisão preventiva, disse que não se lembrava de nada, porque "tomava um comprimido que o fazia esquecer-se das coisas".
“Ao outro dia acordava com os bolsos cheios de tabaco e de moedas e não me lembrava de onde vinham”, afirmou.
Após insistência da juíza presidente, acabou por admitir que andava a roubar para comprar droga, porque era toxicodependente.
O processo tem mais dois arguidos, de 19 e 51 anos, um dos quais também se encontra detido, que estão acusados pela prática de um crime de furto, cada um, em coautoria com o principal arguido.
Um dos arguidos remeteu-se ao silêncio e o outro confessou o envolvimento num assalto a uma lavandaria ‘self-service’, assumindo apenas uma divergência relativamente ao valor furtado indicado na acusação.
Os factos remontam ao período entre 2017 e 2018.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido realizou uma dezena de assaltos a lavandarias ‘self-service’, retirando as moedas existentes nos moedeiros e nas máquinas de trocos.
O homem é ainda suspeito de ter assaltado várias residências, de onde levou dinheiro, eletrodomésticos e objetos em ouro e prata, e num supermercado chegou a ameaçar o funcionário com uma navalha quando foi surpreendido a tirar dinheiro da caixa registadora.
Numa outra situação, terá furtado uma viatura automóvel que estava estacionada na via pública, tendo usado a mesma para partir a montra de um posto de abastecimento de combustíveis, mas foi surpreendido pelo alarme e fugiu do local.
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