“Esta compensação, pelo elevadíssimo montante global que representa, na ordem do meio milhão de euros, será levada a cabo através da emissão de ‘vouchers’ [vales] em nome dos clientes afetados, no exato montante não utilizado, que estes poderão utilizar, no prazo de um ano, única e exclusivamente nas agências de viagens onde originalmente adquiriram os respetivos serviços”, explica a associação em comunicado.
Na origem da decisão da APVAT e dos seus operadores turísticos estiveram “os efeitos devastadores” da greve de 27 de agosto nos aeroportos nacionais dos trabalhadores da Prossegur e da Securitas.
“Apesar de todos termos a consciência de que esta contrapartida não é legalmente exigível aos operadores turísticos e às agências de viagens, a magnitude do problema, a defesa intransigente dos interesses dos viajantes e a própria credibilidade do setor, levaram a que a APAVT e o seu capítulo de operadores tivessem decidido por esta solução”, refere o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, citado na nota.
A APAVT congratula-se pelo “elevado sentido de responsabilidade” dos operadores turísticos que a integram e que a acompanharam nesta solução, que considera permitir “o reforço da confiança no setor da operação e distribuição, sublinha o poder de autorregulação e o sentido de responsabilidade da iniciativa privada”.
Os trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que fazem o controlo raio-x de bagagem de mão, passageiros e funcionários dos aeroportos, cumpriram no dia 27 de agosto uma greve de 24 horas, marcada após mais de nove meses de negociações entre o sindicato e a Associação de Empresas de Segurança para a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho.
A paralisação afetou sobretudo o aeroporto de Lisboa, segundo disse à agência Lusa fonte da ANA – Aeroportos de Portugal.
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