A notícia é avançada pelo jornal Público, que sublinha que as apostas em corridas de cavalos já custaram mais de 8,4 milhões de euros à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), isto apesar do projeto "nunca ter saído da gaveta".

Segundo o jornal, a SCML criou uma equipa que esteve dedicada a este projeto, adquiriu serviços técnicos para implementar uma estratégia de marketing digital, desenvolveu estudos sobre a importância do cavalo na história de Portugal, criou um site específico e uma aplicação mobile para o jogo, à semelhança de outros jogos de apostas, preparou o sistema informático e inclusivamente instalou televisões em cinco mil mediadores.

Mais ainda, como parte da estratégia de marketing, adquiriu cinco mil jóqueis (profissionais que montam um cavalo em corridas) publicitários, com cerca de 1,70 metros de altura, que iriam ser colocados nos mediadores quando o jogo fosse lançado. Estes estão agora num armazém dos CTT, em Lisboa, que, ao que o Público apurou, quer cobrar cerca de dois mil euros por mês para continuar a fazer o armazenamento.

Recorda-se que este projeto começou a ganhar forma depois de, em 2015, o Governo de Pedro Passos Coelho ter aprovado uma alteração dos estatutos da instituição para passar a ter os direitos exclusivos da exploração das apostas desportivas à cota e hípicas mútuas.