Nesta sexta-feira fresca em Portugal, o mundo esteve mais quente do que nunca com os discursos belicistas em crescendo, por todos os quadrantes. Também os crimes de racismo e ódio marcaram a atualidade, e até um primeiro-ministro conservador — o britânico Sunak —veio denunciar os insultos xenófobos que lhe haviam sido dirigidos por um político da extrema-direita, captado por um canal de televisão.
Embora pareça em contraciclo que um grupo de 48 países, incluindo Portugal, tenha condenado hoje numa declaração conjunta na ONU as transferências ilegais de armas da Coreia do Norte para a Rússia, muito há a fazer para pôr fim aos conflitos mundiais. Mas este não será com certeza o desígnio de todos os atores internacionais, em particular os fabricantes e fornecedores de armas.
A Rússia ameaçou hoje o Ocidente com um "confronto direto" devido à "intensificação" dos drones militares americanos que sobrevoam o Mar Negro, poucos dias após um bombardeamento ucraniano na península anexada da Crimeia. O presidente russo, Vladimir Putin, quer restaurar a produção de mísseis de curto e médio alcance em resposta aos Estados Unidos.
A Comissão Europeia, com a guerra à porta, preferiu hoje olhar para o Médio Oriente e incluir na lista de sanções seis indivíduos e três empresas acusados de financiar o movimento palestiniano Hamas e a Jihad Islâmica. O gesto que pode ser por alguns entendidos como um apoio tácito a Israel, mas Bruxelas justifica como antiterrorista.
Em Portugal — imbuído nos brandos costumes dos 'futebóis', à espera do comboio que não partiu ou do avião para Bruxelas —, houve tempo para que representantes de dezenas de organizações e associações entregassem ao Governo uma Carta Aberta ao primeiro-ministro que pede o reconhecimento do Estado da Palestina.
A ignorar todos os pontos beligerantes e num mundo à parte, onde vive o tal um por cento da população, o estilista Kim Jones prestou homenagem ao artesanato no desfile da Dior em Paris, com tamancos e desenhos quase infantis, numa passadeira repleta de gatos de loiça gigantes. Assim se entra no segundo fim de semana de verão.
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