“As vacas são largadas na areia quente e acabam por fugir pela única abertura disponível, entrando no mar em desespero e chegando a ficar completamente submersas”, afirmou a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, citada num comunicado do partido.
A única deputada do PAN acrescentou que os animais, “já em situação de grande aflição”, são depois “rebocados por uma moto de água, através de uma corda amarrada ao pescoço, que os traz de volta para águas menos profundas”.
“É preciso pôr fim a esta prática cruel, que provoca um grande sofrimento e stress nos animais”, sublinhou.
Fonte oficial da Câmara Municipal da Lourinhã afirmou à agência Lusa que o evento está autorizado por este município e licenciado pelas demais entidades competentes.
O PAN avançou com uma providência cautelar para impedir a tradicional vacada.
Contudo, o Tribunal da Lourinhã indeferiu esta providência cautelar em sentença proferida na quarta-feira, “sem que fossem ouvidas as testemunhas e apreciadas as provas que fundamentam o sofrimento a que as vacas são sujeitas”, segundo o PAN.
“O PAN não vai desistir e vai apresentar um recurso para reverter esta decisão. Além disso, vamos requerer a fiscalização das vacadas, nomeadamente ao Município da Lourinhã, GNR e à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária”, frisou a porta-voz do PAN.
O PAN recorre à lei de proteção dos animais, publicada há 30 anos, que proíbe todo “violências injustificadas contra animais”.
Uma petição pública online, subscrita por quase seis mil cidadãos, circula desde 2022 para acabar com a tradicional vacada.
A vacada, que se realiza desde há décadas, está prevista para 04 de agosto e está inserida na Festa do Mar, na praia de Porto Dinheiro, na freguesia de Ribamar.
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