Em declarações à agência Lusa, Paulo Santos da ASPP exemplificou que "existem carros a circular com mais de 3.000/4.000 quilómetros ou mesmo sem manutenção possível".
"Chegam a existir situações limite, porque há esquadras que cedem carros a outras para que essas possam fazer o serviço. E muitas dessas viaturas que ainda circulam têm quilómetros a mais, constantes avarias e deficiências, o que gera falta de segurança", disse o responsável.
A ASPP aponta que esta "situação se arrasta há algum tempo", mas frisa que existem "picos problemáticos" ao longo do ano, casos em que, disse Paulo Santos, não existem "mesmo viaturas aptas a circular".
"As esquadras que compõem a divisão policial de Gaia estão muito desfalcadas. Este é um problema geral e de todo o país, mas neste concelho é gritante", disse.
De acordo com a associação, a esquadra de Valadares é a mais desfalcada, seguindo-se Canidelo e Oliveira do Douro.
"Também as equipas de intervenção rápida têm muitas deficiências no parque automóvel", concluiu o responsável da ASPP.
A Lusa contactou o Ministério da Administração Interna que, em resposta escrita, apontou ter lançado, no final do ano passado, através da eSPap - Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, um concurso público para a aquisição de 1.869 viaturas para as forças e serviços de segurança.
"Este é o maior procedimento de contratação centralizada de veículos desde que o regime de centralização do Parque de Veículos do Estado foi implementado em 2008. A medida envolve um investimento de cerca de 50 milhões de euros (IVA incluído) e prevê a entrega das viaturas entre 2018 e 2021. À GNR serão atribuídos 901 veículos e motociclos, à PSP 912 veículos e motociclos e ao SEF 56 viaturas", lê-se na resposta da tutela.
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