O alegado atentado, segundo explicou na sua conta da rede X, teve lugar na cidade venezuelana de Barquisimeto (370 quilómetros a oeste de Caracas), estado de Lara, onde pernoitou depois de na quarta-feira ter realizado um comício no vizinho estado de Portuguesa.
“Alerta mundial: Na madrugada de hoje, eu e a minha equipa fomos alvo de um atentado em Barquisimeto, no estado de Lara. Os nossos carros foram vandalizados e cortaram as mangueiras dos travões”, denunciou María Corina Machado.
Na mesma rede social, a opositora explica que “agentes do regime” os seguiram “desde [o estado de] Portuguesa e cercaram a urbanização” onde passaram a noite.
“A campanha de Maduro é a violência e ele é responsável por qualquer dano à nossa integridade física. Não nos vão parar”, sublinha na X.
A oposição denunciou quarta-feira que as autoridades venezuelanas encerraram os terminais de transporte terrestre do estado de Portuguesa (centro do país) onde María Corina Machado realizaria um comício no âmbito da campanha para as eleições presidenciais de 28 de julho.
Na mesma rede social María Oropeza insta os venezuelanos a sair e apoiar a María Corina Machado e o seu substituto, Edmundo González Urrutia, candidato às presidenciais de 28 de julho.
“Todos pela liberdade”, sublinha.
Segundo a imprensa local, teriam sido ameaçados também alguns comerciantes.
Também na X, o Comité de Direitos Humanos de “Vente Venezuela” denuncia que “foram apreendidos o palco e o equipamento de som que a líder desta organização utilizaria durante a sua visita ao estado de Portuguesa, onde se reunirá com os seus apoiantes”.
Por outro lado, o “Vente Venezuela” explica que em 13 de julho último as autoridades tentaram impedir, sem sucesso, o livre trânsito de cidadãos no estado de Carabobo (centro-norte do país) para impedir que chegassem a uma concentração da oposição.
Nesse dia, imagens divulgadas pelas redes sociais davam conta que tinham sido instalados pontos de controlo de trânsito (operações stop) em várias avenidas da cidade de Valência, capital do estado de Carabobo.
A ONG Foro Penal (FP) denunciou na terça-feira que estão a aumentar as detenções políticas relacionadas com as eleições presidenciais na Venezuela, país onde 301 pessoas estão detidas por motivos políticos, 124 delas no âmbito da campanha eleitoral da oposição.
”Houve um aumento significativo do número de presos políticos. Hoje há 301 presos políticos na Venezuela”, disse o diretor do FP.
Comentários