“Pelo facto de, até hoje, o Governo não ter intervencionado o Itinerário Complementar (IC) 1, que está em muito mau-estado, não são boas notícias”, disse à agência Lusa Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal (Setúbal), eleito pela CDU.
O aumento na A2, continuou, é prejudicial “para o turismo, para a economia, para as mercadorias e para aqueles que necessitam de circular, quer no IC1, quer na A2”.
Contactado pela Lusa, o autarca de Grândola, António Figueira Mendes (CDU), assumiu posição idêntica: “O que importava era que as pessoas tivessem alternativa” à circulação na Autoestrada do Sul (A2), “mas essa alternativa continua a tardar e estamos em mais um inverno, em que o IC1 se vai continuar a degradar”.
“Se houvesse essa alternativa” rodoviária, “isso minoraria o impacto do aumento das portagens na A2, mas, não havendo, os automobilistas não podem fugir à subida”, argumentou.
Também António Bota, presidente da Câmara de Almodôvar (Beja), eleito pelo PS, argumentou que o aumento das portagens na A2, só se justificaria se “alguma percentagem” dessa subida fosse “aplicada nas estradas nacionais” e, no caso do seu concelho, no IC1, que “está um nojo”.
Contactados pela Lusa, os autarcas PS de Aljustrel, Castro Verde e Ourique, concelhos também atravessados pela A2, escusaram-se a comentar o aumento, o mesmo acontecendo com o comunista Carlos Pinto de Sá e o socialista Nuno Mocinha, presidentes das câmaras de Évora e Elvas, municípios servidos pela A6.
A Brisa Concessão Rodoviária revelou hoje que as portagens em diversas autoestradas que integram a sua rede, distribuídas pelo país, vão aumentar, a partir de 01 de janeiro.
O maior aumento vai acontecer na autoestrada Lisboa-Porto (A1), em que as portagens vão subir 45 cêntimos para a classe 1, seguindo-se a A2, entre Lisboa e o Algarve, e a A6, entre Marateca e Caia, cujos aumentos vão ser de 25 cêntimos, segundo a empresa.
Já as portagens na A3, autoestrada que liga o Porto a Valença, vão ter um incremento de 20 cêntimos, referiu.
A nível urbano registam-se subidas de cinco cêntimos nas portagens entre a A9 e a CREL, no sublanço entre Alverca (A1/A9) e Vila Franca de Xira II, pertencente à A1, e na A4, que liga Porto a Amarante, ainda segundo os cálculos feitos pela Brisa para a classe 1.
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