Na primeira reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, que se realizou imediatamente após a instalação dos órgãos municipais para o quadriénio 2021/2025, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, os eleitos escolheram Rosário Farmhouse como presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, com 64 votos a favor, oito contra e duas abstenções, zero brancos e zero nulos.
Nas eleições autárquicas de 26 de setembro deste ano, a lista mais votada para a Assembleia Municipal de Lisboa foi da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), encabeçada por Isabel Galriça Neto.
Num breve discurso, Rosário Farmhouse agradeceu “a honra e o privilégio” de assumir o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, com uma equipa “fantástica”: “Tenho a certeza que vamos juntos construir caminho”.
“A Assembleia Municipal, a casa da cidadania, será uma casa com lugar e tempo para todas e todos, derrubando muros e lançando pontes, à procura de soluções para os problemas das pessoas, no exercício pleno de uma democracia madura e plural, que reúne os representantes dos partidos e movimentos de cidadãos escolhidos pelo povo”, afirmou Rosário Farmhouse, que é também presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens.
Para a eleita presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, este órgão deliberativo do município caracteriza-se como “uma casa intercultural, inclusiva, aberta, que promove o diálogo e a reflexão sobre temas estruturantes para a cidade”, apontando como exemplos a crise climática, a crise demográfica, a mobilidade, o elevador social da pobreza, a habitação, a educação, a saúde, a segurança e a recuperação da economia depois da pandemia de covid-19.
“Será uma casa da participação holística cidadã, inclusivamente das crianças, dando-lhes voz em todas as matérias que lhes dizem respeito. Espero poder acolher a Assembleia das Crianças de Lisboa, assim lhes dizendo que a democracia e a cidade contam com elas para construir o futuro”, avançou a Rosário Farmhouse.
Dirigindo-se aos eleitos à Assembleia Municipal de Lisboa, a presidente deste órgão municipal disse: “todos fomos convocados por Lisboa, todos somos poucos para construir uma cidade mais justa e sustentável”.
Rosário Farmhouse quer fazer de Lisboa “uma mulher de esperança no futuro, tolerante e cuidadora”, que seja “empenhada no trabalho digno e seguro, remunerado com equidade e justiça”, interessada em ciência, cultura e desporto, “uma mulher de amor, de todos os amores, sem discriminação ou julgamento, uma mulher livre, independente, em paz”.
“Assumirei a presidência da Assembleia Municipal de Lisboa com espirito de missão, quero servir a cidade e fazer o bem, bem feito. Podem contra com o meu empenho, dedicação, honestidade e paixão. Quando ainda há tanto por fazer para garantir a representação equitativa da pluralidade que somos feitos, procurarei dar voz aos que não têm voz, criando condições de proximidade e auscultação a todas pessoas, independentemente da sua origem étnico ou cultura, religião, género, classe ou idade”, declarou a presidente deste órgão.
Rosário Farmhouse substitui o presidente cessante da Assembleia Municipal de Lisboa, José Maximiano Leitão.
A coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) venceu a Assembleia Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de 26 de setembro, com menos de mil votos de diferença em relação ao PS/Livre, sendo que ambas as coligações elegeram 17 deputados municipais.
O PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança obteve 31,16% dos votos (75.670), seguindo-se a coligação PS/Livre com 30,80% dos votos (74.784). Ambas as coligações elegeram 17 deputados municipais.
A CDU (coligação que junta PCP e 'Verdes') elegeu seis deputados, com 26.882 votos (11,07%), o BE conseguiu quatro eleitos, ao registar 18.518 votos (7,63%), enquanto a Iniciativa Liberal conseguiu 5,95% dos votos, elegendo três deputados, o Chega três deputados (5,35%) e o PAN um deputado (3,53%).
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