Os dados, divulgados à Lusa a propósito do Dia Internacional do Preservativo, que se assinala na quarta-feira, indicam que, em 2018 foram distribuídos 4.732.261 preservativos masculinos e 170.291 femininos, num total de 4.902.553, contra 3.899.297 em 2014.
“Entre 2014 e 2018, o programa de distribuição gratuita de materiais preventivos e informativos permitiu a distribuição, anual, de cerca de cinco milhões de preservativos masculinos e femininos nos centros de saúde, hospitais, organizações não-governamentais, estabelecimentos de ensino secundário e universitário, estabelecimentos prisionais, etc”, adianta a DGS.
Em 2017, foram diagnosticados 1.068 novos casos de infeção por VIH em Portugal, maioritariamente (99,6%) em pessoas 15 ou mais anos. Em 98,1% dos casos a transmissão ocorreu por via sexual.
Segundo dados do estudo “A saúde dos adolescentes portugueses após a recessão”, 28% de adolescentes referem não ter utilizado o preservativo na última relação sexual e 6,1% não se lembram de ter usado.
“Numa altura em que estão disponíveis novas estratégias de prevenção, como a Profilaxia pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição, importa relembrar que o preservativo continua a ser um meio de fácil acesso e altamente eficaz na prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e de gravidezes não desejadas”, sublinha a DGS.
O Dia Internacional do Preservativo celebra-se desde 2008, por iniciativa da ‘AIDS Health Care Foundation’, no dia 13 de fevereiro, com o objetivo de lembrar a importância do preservativo enquanto medida de prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e gravidezes não desejadas.
Para assinalar a data, a Direção-Geral da Saúde em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos vai promover na quarta-feira uma ação de sensibilização na Alameda, em Lisboa.
Uma equipa de voluntários (GAT) em conjunto com um elemento da do Programa Nacional para a Infeção VIH e Sida da DGS irá distribuir material preventivo, gratuito, e esclarecer dúvidas sobre a temática.
Em articulação com as 10 cidades signatárias da Declaração de Paris que se comprometeram acelerar até 2020 a sua resposta local à infeção por VIH e por vírus da hepatite, a Direção-Geral da Saúde difundiu também “uma campanha publicitária de incentivo ao uso consistente do preservativo, através da divulgação em redes sociais, rádios e distribuição gratuita de preservativos à população”.
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