O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres indonésia (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, elevou hoje também para 159 o número de pessoas que continuam desaparecidas após o desastre, que causou ainda 1.495 feridos.
A zona mais afetada foi Pandeglang, na costa oeste da ilha de Java, onde, segundo aquele responsável, se registaram 290 mortos, 1.143 feridos e 77 desaparecidos, num total de 17.477 pessoas afetadas pelo desastre.
O tsunami ocorreu no sábado à noite, no Estreito de Sunda, entre as ilhas de Java e Sumatra.
Os cientistas acreditam que foi provocado pelo deslizamento submarino de terra, causado pela erupção do vulcão Anak Krakatau.
A onda gigante atingiu a costa oeste de Java e do extremo sul da ilha de Samatra, onde as más condições meteorológicas estão a dificultar as tarefas das equipas de resgate e das organizações de ajuda humanitária.
“As chuvas fortes fizeram os rios transbordar e provocaram inundações em vários pontos de Pandeglang. Esta situação está a dificultar a evacuação dos locais e a ajuda aos deslocados”, afirmou Sutopo através da sua conta na rede social Twitter.
As autoridades indonésias pediram à população que se mantenha a pelo menos 500 metros da costa do estreito de Sunda, devido ao risco de novos tsunamis.
A BNPB assinalou que a Indonésia não conta com sistemas de alerta de tsunamis provocados por um vulcão e que as boias colocadas para detetar uma repentina subida das ondas não funcionam desde 2012 por falta de manutenção e de fundos para reparação dos danos provocados por atos de vandalismo.
As operações de resgate coincidem hoje com o 14.º aniversário do tsunami que, em 2004, arrasou a província indonésia de Aceh, no norte da ilha de Samatra, no qual morreram 167.799 pessoas e que afetou mais de uma dezena de países no oceano Índico, elevando para 230.273 o número total de vítimas mortais.
Localizada sobre o chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, zona de grande atividade sísmica e vulcânica, a Indonésia é sacudida anualmente por mais de sete mil sismos, a maioria moderados.
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