“O Ministério da Saúde está, naturalmente, a acompanhar a situação, tendo sido entretanto autorizadas, para além dos médicos especialistas contratados no último procedimento concursal (em julho deste ano), contratações nas especialidades de Ortopedia, Ginecologia/Obstetrícia, Anestesiologia, Cardiologia, Pneumologia, Medicina Intensiva e Oncologia Médica”, adiantou à Lusa o gabinete de Marta Temido.
Em comunicado, o ministério, que não especifica quantos médicos serão contratados, refere ainda que o CHS vai lançar o concurso internacional para a ampliação durante a primeira quinzena deste mês e a obra, que representa um investimento de 17,2 milhões de euros, deverá estar terminada em 2023.
Na segunda-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, anunciou que o Governo vai recrutar 10 médicos de diferentes especialidades para este centro hospitalar.
Dois dias depois, o diretor clínico do CHS referiu que o seu pedido de demissão e de mais 86 médicos foi um “grito de revolta para a situação desesperante e de rutura em vários serviços” daquele hospital.
“O pedido de demissão do cargo de diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, e agora da restante direção clínica, diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões e ainda chefes de equipa de urgência, num total no total de 87 assinaturas, é o último grito de alerta para a situação desesperante a que o Centro Hospitalar de Setúbal chegou, à rutura das urgências e em vários serviços primordiais do hospital”, disse Nuno Fachada.
“Estamos em rutura nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade, anestesia, etc., etc., etc.”, acrescentou o diretor do CHS, em conferência de imprensa realizada na delegação de Setúbal da Ordem dos Médicos.
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