Os sobreviventes já foram localizados mas ainda só dois foram resgatados, avança a agência Reuters. Os socorristas, no local, pediram a ajuda dos bombeiros e de helicópteros. Entre os sobreviventes estão duas crianças, avança a agência italiana ANSA.
Segundo a imprensa italiana, o primeiro contacto com os sobreviventes foi feito pouco depois das 11h00 locais, menos uma hora em Portugal. O grupo de sobreviventes foi localizado na zona da cozinha do hotel.
“Elas estão vivas e estamos a falar com elas” disse, do local, o porta-voz dos bombeiros Luca Cari à agência Reuters.
Dois helicópteros sobrevoam a área para transportar o mais rapidamente os sobreviventes para o hospital de Pescara, o mais próximo, assim que resgatados. No local as equipas de emergência continuam a remoção da neve.
Além do pessoal de serviço à unidade hoteleira, estavam registados 22 hóspedes no Rigopiano, todos, até aqui, dados como desaparecidos.
O hotel Rigopiano, no maciço de Gran Sasso, a 1.300 metros de altitude, na cordilheira dos Apeninos, fica a cerca de 45 quilómetros da cidade costeira de Pescara.
Os corpos das vítimas foram transportados para a morgue do hospital de Pescara, onde o Ministério Público abriu um inquérito por homicídio involuntário.
As equipas de resgate seguiram para o local depois de receberem na quarta-feira mensagens de texto que alertavam para uma avalanche no hotel, mas as condições meteorológicas adversas, com vários nevões e mais de cinco metros de neve acumulada, dificultaram o acesso ao local.
As primeiras equipas de salvamento resgataram dois hóspedes que se encontravam no exterior do hotel e que se refugiaram no interior de um veículo, conseguindo desta forma alertar as autoridades.
Segundo os primeiros testemunhos das equipas de socorro, o hotel Rigopiano estava completamente soterrado na neve, parcialmente derrubado, sendo visíveis algumas luzes no interior.
De acordo com os ‘media’ italianos, o inquérito visa compreender por que razão inúmeros clientes, que pretendiam regressar a casa na quarta-feira após uma série de fortes sismos, esperaram em vão pela chegada de um limpa-neves para desbloquear a estrada.
Isto porque os testemunhos de pessoas próximas das vítimas afirmaram que as autoridades demoraram demasiado tempo a acreditar nelas, apesar de terem dado o alerta por volta das 17:40 (menos uma hora em Lisboa), o que os socorristas desmentem.
A estrada estava bloqueada por mais de um metro de neve, tendo os primeiros socorristas chegado ao local durante a noite.
[Notícia atualizada às 12h22]
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