A maioria PSD/CDS aprovou na última reunião da Assembleia Municipal de Aveiro, com os votos contra dos partidos da oposição, a viabilização da obra de requalificação urbanística do Rossio, que inclui o parque de estacionamento em cave e futura concessão.

Em comunicado hoje enviado, a concelhia de Aveiro do Bloco de Esquerda (BE) lembra que “em junho de 2018, o presidente da câmara, Ribau Esteves, garantiu que a obra só seria considerada viável se custasse 4,7 milhões [de euros] e que, como é agora público, a obra custará mais do dobro (9,8 milhões) e ainda assim avançará”.

“Dos 9,8 milhões previstos pela autarquia para a operação, o concessionário terá de pagar apenas 3,3 milhões. Sendo uma concessão a 40 anos, o concessionário suporta 83.500 euros de custos por ano e arrecadará cerca de 500 mil euros por ano, de acordo com o estudo de estacionamento pedido pela CM Aveiro para o parque de estacionamento do Rossio”, estima o BE.

O Bloco reitera que a opção pela construção de um estacionamento subterrâneo “é profundamente errada do ponto de vista da mobilidade e do território” e que a obra “é também um imenso desperdício de dinheiro público, que poderia ser aplicado noutras prioridades”.

“O modelo desenhado para a construção e concessão deste estacionamento é escandaloso e constitui-se como uma borla para os privados à custa do erário público”, acusa o Bloco.

Ouvido pela Lusa, o presidente da câmara classificou de “mentira” o teor do comunicado do BE, explicando que o que havia afirmado, quando ainda não eram conhecidos os estudos geológicos, foi que, “se o estacionamento do Rossio custasse um valor à volta de cinco milhões seria sustentável, e se, ao invés disso, o custo fosse o dobro, o investimento não seria viável”.

“O que o trabalho completo (após os estudos) nos veio dizer é que o estacionamento custa 5,3 milhões de euros, a peça toda é que custa 9,8 milhões e que a conclusão é de sustentabilidade técnica e financeira. Esses são os números, não os que o Bloco de Esquerda quer montar”, comentou, aludindo ao custo de outras componentes do projeto, como o arranjo da praça, a nova estação de tratamento de águas residuais e o bloco sanitário.

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