“A Europa mostra que a vontade popular prevalece sem determinadas intromissões e logo mais se repetirão em outras partes do mundo. Todo o ‘establishment’ está espumando de ódio e distribuindo suas ‘fakenews’ para difundir nas redações, estridentes com as pessoas que tanto querem calar”, escreveu o ex-presidente brasileiro na rede social X (antigo Twitter).
“A vitória do povo mostra que as agendas impostas pelo sistema não estão satisfazendo sua vontade”, acrescentou.
Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente que governou o Brasil de 2019 a 2022 que tem atuado para fazer alianças com políticos alinhados no cenário internacional, chegou a pedir aos eleitores luso-brasileiros que votassem no Chega, partido da extrema-direita de Portugal, nas eleições europeias.
“Atenção quem tem, ou conhece quem tenha, cidadania/passaporte português. É domingo 9/JUN as eleições europeias. Votem no CHEGA!”, escreveu Eduardo Bolsonaro em mensagem no X.
Apesar do apelo, o Chega elegeu apenas dois deputados ao Parlamento Europeu. Um dos eleitos foi o cabeça de lista e vice-presidente do partido, António Tânger Corrêa, e o ex-deputado do PSD Tiago Moreira de Sá, mantendo-se nestas eleições como terceira força política, mas obteve quase metade da percentagem de votos que conseguiu nas últimas eleições legislativas, o melhor resultado do partido até agora.
Em Portugal o PS venceu as eleições europeias de domingo com 32,1% e oito eurodeputados, à frente da Aliança Democrática, que teve 31,1% e sete mandatos, segundo os resultados provisórios.
No entanto, as eleições europeias para renovação da Câmara Europeia, realizadas no domingo, certificaram um aumento de assentos em toda a União Europeia para os partidos ultraconservadores e de extrema-direita, que se posicionaram como força dirigente em França, Itália, Países Baixos e Áustria.
As últimas projeções confirmam que a extrema-direita aumentará a sua representação no futuro Parlamento Europeu, com um aumento de nove assentos, para 58, para o grupo Identidade e Democracia.
Este grupo inclui o Rally Nacional, uma ultraformação que conquistou a França com 31,5% dos votos, o que levou o Presidente francês, Emmanuel Macron, a convocar eleições legislativas antecipadas.
Na Alemanha, o partido de extrema-direita A AfD também cresceu e conquistou seis assentos parlamentares no domingo e ficou em segundo lugar, com 15,9% dos votos, atrás dos democratas-cristãos (30%).
O SPD do chanceler Olaf Scholz obteve 13,9%, o seu pior resultado de sempre numa eleição nacional.
A taxa de participação nas eleições europeias na Alemanha foi de 64,8%, um número sem precedentes desde a reunificação.
Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.
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