“Penso que isto ajudará a dar à população a clareza que precisa e ajudará a pôr uma pedra sobre o assunto”, afirmou o governante no parlamento hoje à tarde, prometendo continuar, entretanto, “focado em dar atenções às prioridades das pessoas”.
Um inquérito interno em curso dentro do Governo ao chamado “Partygate”, cujas conclusões eram esperadas esta semana, vai continuar, mas a publicação do relatório só acontecerá após a conclusão da investigação criminal agora divulgada, adiantou um porta-voz.
A polícia britânica anunciou hoje que está a investigar as presumíveis festas organizadas em Downing Street durante os períodos de confinamento impostos no âmbito da pandemia, situação que está a colocar sob forte pressão Boris Johnson.
A investigação foi confirmada pela comissária da Polícia Metropolitana (Met), Cressida Dick.
Até agora, a força policial tinha rejeitado os pedidos para abrir um inquérito, alegando não existirem provas suficientes para iniciar uma investigação e argumentando que, por princípio, evitava analisar retrospetivamente as violações das restrições.
A decisão é conhecida um dia depois de ter sido noticiado que Boris Johnson comemorou o aniversário com cerca de 30 funcionários durante um confinamento, em junho de 2020, quando estes tipos de encontros ainda eram proibidos.
Um porta-voz confirmou que o chefe do Governo britânico esteve presente, mas durante “menos de dez minutos”.
A notícia soma-se a relatos e alegações de dezenas de outras “festas” ou eventos sociais em 2020 e 2021 em Downing Street, violando as restrições impostas para travar a pandemia de covid-19.
O escândalo conhecido por “Partygate” está a causar uma onda de indignação, já que muitas pessoas ficaram impossibilitadas de acompanhar familiares e próximos que morreram ou que estavam doentes ou sozinhos.
Sondagens mostram uma queda na popularidade de Boris Johnson, de 57 anos, eleito em 2019 com uma maioria absoluta histórica graças à promessa de concretizar o ‘Brexit’ (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).
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