"A decisão dos EUA prolonga a incerteza dos mercados, que já está a afetar as decisões das empresas", criticou o executivo da comunidade europeia em comunicado hoje divulgado.
A comissão defende que os seus Estados membros devem gozar de uma isenção "total e permanente", uma vez que as medidas que a administração dos EUA ameaça aplicar "não podem ser justificadas com base na identidade nacional".
Neste contexto, a Comissão recordou que "o excesso de capacidade nos setores do aço e do alumínio não é originário da União Europeia (UE)", mas "pelo contrário, a UE comprometeu-se nos últimos meses, a todos os níveis possíveis com os EUA e outros parceiros, a encontrar uma solução nesta matéria."
Bruxelas também enfatizou que "continuamente" a União tem mostrado abertura para abordar todas as questões sobre o acesso ao mercado de interesse de ambas as partes, mas também deixou claro que, como parceiro e amigo dos Estados Unidos, "não vai negociar sob ameaça".
"Qualquer futuro programa de trabalho transatlântico deve ser equilibrado e mutuamente benéfico", acrescentou naquele comunicado.
O executivo acrescenta que a Comissária Europeia do Comércio, Cecilia Malmstrom, esteve em contacto nas últimas semanas com o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e que esses contactos "vão continuar".
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou a imposição de tarifas sobre aço e alumínio na segunda-feira para os países da União Europeia, México e Canadá.
As controversas tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio entraram em vigor em 23 de março, mas a administração Trump isentou temporariamente alguns de seus principais aliados para negociar acordos comerciais paralelos para conseguir uma redução nas importações desses produtos.
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