“O primeiro-ministro, António Costa, tem uma posição sábia e firme e não temos qualquer razão para alterar a nossa opinião confiante sobre a economia portuguesa”, disse Moscovici, questionado, em conferência de imprensa, sobre a crise política provocada pela questão da contabilização total do tempo de serviço dos professores.
Bruxelas continua a prever que o crescimento da economia portuguesa abrande em 2019 e 2020, estimando que avance 1,7% nesses anos, menos do que o previsto pelo Governo, cuja estimativa é de 1,9% em 2019 e 2020.
A Comissão Europeia estima ainda que o défice português se situe em 0,4% do PIB este ano e em 0,1% no próximo ano, mantendo previsões mais pessimistas do que o Governo, que aponta para um excedente já em 2020.
O primeiro-ministro afirmou na segunda-feira, em entrevista à TVI, que vai “aguardar serenamente” a votação final do diploma relativo às carreiras dos professores e reiterou que, caso o parlamento aprove a reposição integral do tempo congelado, o Governo “não tem outro remédio” senão demitir-se.
O parlamento aprovou na quinta-feira, na especialidade, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar pelos professores são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos dos docentes.
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