O secretário-geral do PS e primeiro-ministro assumiu, no domingo, o compromisso de "descongelar" a segunda fase do hospital da Guarda e de "arrancar" com a obra que é desejada há vários anos pela população.
"E porque queremos que quem cá viva [no interior do país] tenha tão boas condições de vida aqui como quem vive nos grandes centros urbanos do litoral, [é] que nós assumimos o compromisso de descongelar a segunda fase do hospital da Guarda e arrancar com essa obra que é fundamental para o futuro desta cidade", disse António Costa no comício realizado na Praça do Município.
Hoje, questionado pela agência Lusa sobre o anúncio, Carlos Chaves Monteiro afirmou esperar que "seja mesmo assim" e que o Governo cumpra com a concretização da segunda fase das obras do hospital, que foram suspensas pelo anterior primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
"Esse compromisso deve ser cumprido. Que a segunda fase das obras do hospital seja iniciada e concluída. Que, efetivamente, [António Costa] cumpra essa grande promessa. Nós queríamos ver, de facto, a segunda fase das obras do hospital realizada", declarou Carlos Chaves Monteiro no final da reunião do executivo municipal.
Sobre o assunto, a vereadora do PS, Cristina Correia, disse à Lusa que ficou "contente" com o compromisso de António Costa.
"Foi o afirmar de que [a obra] vai mesmo avançar, e assim esperamos", declarou Cristina Correia.
As obras da denominada segunda fase do Hospital Sousa Martins da Guarda incluem a reabilitação do edifício conhecido localmente por pavilhão 5, onde funcionaram as urgências até à abertura do novo bloco, em 2014.
O assunto tem preocupado políticos dos vários quadrantes, autarcas e movimentos de cidadãos.
Em junho de 2017, a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda anunciou que a candidatura das obras de requalificação do edifício 5 do Hospital Sousa Martins a fundos comunitários não foi aprovada, o que obrigava ao adiamento dos trabalhos.
Segundo uma nota da ULS da Guarda, presidida pela médica Isabel Coelho, a candidatura da obra de requalificação do edifício 5, para a instalação do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, foi indeferida pela Comissão Diretiva do Programa Operacional do Centro, por não terem sido cumpridos os "critérios de elegibilidade da operação e do beneficiário previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro e no Aviso de Concurso".
A "falta de grau de maturidade do investimento a candidatar, comprovado através da apresentação do projeto de execução da empreitada aprovado pelo Conselho de Administração" da ULS e a "falta de sustentabilidade económico-financeira, assegurada após concessão do apoio", foram também motivos que estiveram na origem da rejeição da candidatura apresentada a fundos europeus, segundo a nota emitida na ocasião.
Comentários