“A primeira medida que iremos tomar logo após a assinatura do contrato” com os donos do terreno onde se situa o monumento é “avançar com o plano de salvaguarda”, afirmou hoje à agência Lusa o presidente do município, Carlos Pinto de Sá.
O autarca alentejano vincou que “o plano de salvaguarda é absolutamente essencial para garantir a preservação do monumento”, assim como para “identificar o que pode ser feito e, sobretudo, o que não pode ser feito” junto do cromeleque.
Classificado como Monumento Nacional, o Cromeleque dos Almendres está situado, num terreno privado e de acesso livre, a cerca de 12 quilómetros de Évora, na Herdade dos Almendres, junto à aldeia de Guadalupe.
Pinto de Sá indicou que, após “uma negociação prolongada”, o município estabeleceu um acordo com os donos do terreno que vai permitir “criar um contrato de comodato em que os proprietários cedem à câmara o espaço do Cromeleque dos Almendres e o acesso”.
“Pretendemos juntar as entidades que têm responsabilidades nesta matéria e definir o plano de salvaguarda que identificará quais as medidas e intervenções que devem ser tomadas para garantir a preservação e o acesso ao monumento”, sublinhou.
O autarca notou que o cromeleque “está completamente aberto” e que “não há quaisquer restrições” de acesso e utilização, considerando que este “é um dos problemas”, porque “há quem respeite o monumento, mas também há situações em que é posto em causa”.
“A câmara tem vindo a assumir um papel que não lhe diz diretamente respeito, mas que assume porque o monumento tem uma grande importância e proporcionou-se essa negociação com os proprietários que abre uma nova perspetiva de gestão para o monumento”, acrescentou.
O Cromeleque dos Almendres tem, desde 15 de junho deste ano, um centro interpretativo, situado na aldeia de Guadalupe, fruto de uma parceria do município com a empresa especializada Ebora Megalithica.
Segundo a informação disponibilizada pela Direção-Geral do Património Cultural na sua página na Internet, o monumento é um dos mais relevantes do megalitismo europeu.
O sítio arqueológico é composto por diversas estruturas megalíticas, nomeadamente cromeleque, menir e pedras, tendo sido descoberto pelo investigador Henrique Leonor Pina, em 1964, aquando do levantamento da Carta Geológica de Portugal.
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