Atualmente, o programa está implementado nos estabelecimentos de 1.º Ciclo, mas somar-se-ão 3.000 alunos de pré-escolar, num total de 15.000 crianças.
No total, a medida custa 900 mil euros, sendo comparticipada em 50% pela União Europeia, ou seja, cabe à Câmara de Gaia, distrito do Porto, pagar 450 mil euros.
O fornecimento de fruta e outros produtos como o tomate ou a cenoura para acompanhamento dos lanches tem como objetivo, descreveu o presidente da câmara à agência Lusa, "promover uma intervenção pedagógica no sentido da valorização das boas práticas alimentares".
O autarca também frisou que estas "não são medidas isoladas", sendo "o culminar do trabalho realizado para aderir ao pacto de Milão, um consórcio de municípios que à escala europeia definem um conjunto de boas práticas na área da alimentação nas escolas".
"Esta medida, a da fruta, soma-se a outras como a uniformização dos lanches escolares ou a introdução de peixe fresco uma vez por semana nas escolas. São etapas que vamos cumprindo de um programa articulado para justificar a adesão ao pacto de Milão", disse o presidente da câmara.
Outra das propostas que será discutida segunda-feira prende-se com um protocolo a celebrar entre a câmara e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) que na prática significa a adesão de Gaia ao projeto-piloto do Governo de colocar a saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários.
"A medida faz muito sentido porque a área talvez mais inacessível, quer nos hospitais quer nos centros de saúde, é a da medicina dentária. O que o Ministério [da Saúde] faz é criar um protocolo de parceria com os municípios, cabendo-lhe fornecer os recursos humanos, enquanto as câmaras pagam a cadeira e os consumíveis", descreveu Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca avançou que Gaia vai solicitar a implementação do programa em dois centros de saúde a definir pela ARS-Norte, mas, garantiu Vítor Rodrigues, o acesso será generalizado a todos os cidadãos do concelho.
"É uma enorme mais valia para a comunidade", disse o presidente da câmara sobre um projeto que deverá custar, por sala (cadeira e consumíveis), cerca de 50 mil euros às autarquias.
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