Depois da conferência que ficou marcada pela tinta do cabelo de Giuliani e pelas alegações infundadas de fraude eleitoral proferidas por Sidney Powell, a equipa jurídica da campanha de Donald Trump demarcou-se da advogada conservadora, noticia o Guardian.

"Sidney Powell está a exercer a advocacia por conta própria. Não faz parte da equipa jurídica de Trump e também não é advogada pessoal do presidente ", disse Giuliani e Jenna Ellis, outra advogada de Trump, num comunicado citado pela publicação.

Durante uma conferência de imprensa, na última quinta-feira, Powell, que estava acompanhada por Giuliani e Ellis, sugeriu que um servidor que apresentava provas de irregularidades de votação estava localizado na Alemanha, que o software utilizado na Geórgia e em outros estados teria sido "criado na Venezuela por Hugo Chávez" e assegurou que os sistemas estavam configurados para desviar os votos de Trump para Biden.

Numa entrevista ao canal televisivo Newsmax, a advogada alegou que a máquina que processa os votos dos eleitores dos EUA foi "manipulada" e que o governador republicano da Geórgia, Brian Kemp, e o seu secretário de estado republicano fariam parte de uma conspiração que envolveria a adjudicação de um contrato de sistema de votação para prejudicar Trump.

A decisão de prescindir de Powell surge numa fase em que se somam derrotas legais para a campanha de Trump, que tem procurado contestar os resultados das eleições presidenciais norte-americanas de 3 de novembro.