“Por exemplo, em Cascais, não considero que deva criar espaço, dar boleias a políticas, a qualquer movimento, partido radical ou extremista, que esteja situado à esquerda ou à direita”, defendeu, em declarações à agência Lusa.

Na noite eleitoral de domingo, o candidato presidencial do Chega, André Ventura, ex-militante “laranja”, dirigiu-se ao PSD e exclamou, perante os resultados de cerca de 12%, que não havia alternativa governamental a não ser com a participação do seu partido da extrema-direita parlamentar.

Quanto ao caminho que o PSD deve tomar, Carlos Carreiras defendeu que o partido deve “afirmar-se, enquanto alternativa ao Governo socialista, e passar a fazer uma oposição construtiva, mas apresentando um projeto alternativo”.

No domingo, o presidente do PSD, Rui Rio, disse ver, nos resultados das presidenciais, um “esmagamento claro da esquerda e numa vitória fortíssima do candidato moderado” e chamou a atenção para o segundo lugar alcançado por André Ventura no Alentejo, ultrapassando o candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira.

Com três consulados por apurar, André Ventura alcançou 11,9% (496.583 votos), a cerca de 45 mil votos da ex-eurodeputada socialista Ana Gomes, enquanto o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, foi eleito para o segundo mandato no Palácio de Belém, com 60,7% (2.533.799 votos).