Com a pandemia do novo coronavírus a fechar 1/3 do planeta, durante os dias de confinamento, mais ou menos, obrigatório, a internet tem sido a porta aberta da mostra de talentos e trabalhos dos mais variados quadrantes.

Os músicos dão concertos pelas redes sociais, escritores escrevem live, atores representam, chefs confecionam à vista de todos e os personal trainners incentivam com flexões e abdominais, só para citar alguns exemplos.

Pedro Ribeiro Ferreira, 49 anos, é “designer gráfico de profissão, cartoonista e caricaturista de ocasião”. Publicou livros, teve trabalhos patentes em exposições, colabora com os media, foi galardoado com prémios, o último dos quais na 21.ª edição do Porto Cartoon com 1º Prémio Especial Caricatura Fernão Magalhães e espera “ter mais tempo" para se dedicar à sua "grande paixão, a 9ª arte”.

A pandemia do novo coronavírus serviu de tema de inspiração e de homenagem.

Tem no lápis, caneta, papel e no computador a arma de combate na guerra contra o Covid-19. “Em tempos de crise o humor serve de escape e de arma de arremesso. Enquanto uns estão nos hospitais na linha da frente, outros estão em casa a fazer bonecos. É esta a minha pequena contribuição”, sublinha ao SAPO24.

Fará todos os cartoons “que me lembrar sobre esta temática e dedicá-los a esses grandes heróis, que são todos os médicos, enfermeiros, proteção civil, etc.”, escreve na sua página de Facebook.

Em casa, no atelier, partilha, através das redes sociais, desenhos seus e do melhor que se faz pelo mundo.

Até ao momento tem “quatro cartoons fechados e muitos no forno prontos para saírem”, diz. “Estou a apontar para os 14, que é o tempo da quarentena”, antecipa ao SAPO24.

Je suis corona”, a Bola vs Covid -, Greta Agradecida e Trump, são, até ao momento, as obras partilhadas.

“Os esboços são a lápis e depois passo a caneta preta. Pinto a aguarela ou acrílico, mas a maioria são pintados no Photoshop”, explica.

As ideias, que “chegam em catadupa” parecem não faltar. Faz uma “triagem mental, e depois é seguir um caminho e tentar chegar a bom porto”, frisa.

Em teletrabalho, divide esta tarefa com o tempo dedicado à profissão. “Conseguiria fazer um cartoon por dia se não tivesse outros trabalhos para fazer de design que é a minha profissão principal”. Por isso, explica, o tempo do cartoon depende da complexidade da ideia”, reforça. Lamenta-se com o facto de o tempo ser “curto”, apesar de “estar fechado em casa o dia todo”.

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