Em resposta à Lusa, fonte oficial do MNE disse que o caso é acompanhado pela representação diplomática em São Tomé e Príncipe desde que esta foi contactada pelo casal e que os serviços consulares da Embaixada têm mantido o contacto e “realizado as devidas diligências junto das autoridades locais para encontrar uma solução que viabilize o seu regresso a Portugal com a maior brevidade possível”.
“Decorrem atualmente contactos entre as autoridades de saúde dos dois países. A Embaixada procurou igualmente obter parecer médico relativamente ao cumprimento das exigências protocolares de biossegurança e procedimentos do laboratório onde foram realizados os testes RT-PCR dos dois cidadãos nacionais, tendo recebido confirmação relativamente ao cumprimento das mesmas”, adianta o MNE.
“Não é, em suma, verdade que a Embaixada se tenha escusado a prestar todo o apoio possível a estes dois cidadãos nacionais. Este apoio decorre, naturalmente, tendo presente que a decisão em apreço cabe às autoridades locais”, adianta.
O casal de empresários, retido há seis semanas em São Tomé depois de testar positivo à covid-19 quando tentava regressar a Lisboa, acusa a embaixada portuguesa no país de negar qualquer ajuda para ultrapassar a situação.
“Pedimos ajuda à Embaixada de Portugal, passado um mês de cá estarmos, e a resposta foi inexistente”, disse à Lusa Cristiana Paiva, através de contacto telefónico.
“[Disseram] que não era responsabilidade da embaixada nós estarmos cá, que a situação epidemiológica de São Tomé está completamente descontrolada, que estávamos basicamente por nossa responsabilidade, que isto não é uma colónia portuguesa, e que eles pouco ou nada podem fazer”, disse a empresária.
Cristiana Paiva e Tiago Silva têm uma empresa em Angola e deslocaram-se de Lisboa a São Tomé para “reuniões comerciais com empresas privadas”.
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