No penúltimo dia de campanha, Catarina Martins voltou a discursar numa ação da candidatura presidencial de Marisa Matias – só tinha acontecido uma vez, no arranque oficial, no Cinema São Jorge, em Lisboa –, uma intervenção no comício virtual transmitido desde a Alfândega do Porto e que teve a peripécia de um corte de energia durante a intervenção do ator e encenador António Capelo.

“Votar no domingo é também responder à crise. Domingo é dia de deixar bem claro que em Portugal não há caminho para os aprendizes de Trump”, afirmou.

Na perspetiva de Catarina Martins, “domingo é o dia para chumbar essa política vinda de um passado violento e afirmar o país solidário, exigente, com futuro”, sendo dia de “votar na Marisa”, com “vermelho em Belém”, uma alusão à onda de solidariedade gerada após os insultos de André Ventura.

“A Marisa incomoda muito estes aprendizes de Trump. Já repararam? Reparamos todos, não é por acaso. (…) Um país que vota Marisa é um país onde os aprendizes de Trump não têm caminho”, reiterou.

As eleições presidenciais devem também, segundo a líder bloquista, servir para “cuidar da saúde, da democracia, do futuro”, apelando ao exercício do direito de voto com cuidado e segurança.

“O que seria do país se quem tem mais razões para votar ficasse em casa? Nós queremos um país que seja seguro para quem recebe a sua pensão, que melhore o serviço de saúde para cuidar de todos, que não vire as costas a quem perde o emprego, tolerante, democrático, respeitador de toda a gente”, elencou.

Catarina Martins aproveitou a ocasião para um apelo ao voto “especialmente aos mais jovens”, uma camada na qual o BE costuma alcançar bons resultados.

“Em nomes dos vossos pais e avós que lutaram para que pudéssemos votar, que não possam sair no domingo, vão votar”, pediu.

No entanto, a coordenadora bloquista pediu ainda a estes jovens que votem por eles mesmos, “em nome das gerações que já sofreram tudo”.