“O acordo de coligação e de governo para os Açores […]foi agora aprovado por unanimidade, e por isso eu diria que estão assim criadas as condições para os partidos do centro-direita que realmente somam com estabilidade, com previsibilidade, com experiência governativa neste espaço político de centro-direita direita, enfrentarem a crise política totalmente escusada que foi aberta nos Açores”, afirmou o presidente do partido.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Melo mostrou-se convicto de que “o eleitorado dos Açores saberá recompensar o magnífico trabalho que foi feito pela coligação do PSD, CDS, PPM”, partidos que governam aquela região autónoma.
O Presidente da República anunciou hoje dissolução da Assembleia Legislativa Regional dos Açores e marcou eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro.
O líder do CDS-PP considerou que a crise política nos Açores foi “completamente escusada” e foi “criada por outros, foi criada pelo Partido Socialista e pelo Bloco de Esquerda, de mão dada com a Iniciativa Liberal e o Chega”.
O líder do CDS-PP acusou Chega e IL de terem dado “a mão à esquerda e à extrema-esquerda do PS e do Bloco de Esquerda para fazerem cair o Governo de centro-direita do PSD, do CDS e do PPM”, quando “no plano nacional dizem ser precisa uma alternativa de centro-direita antes ou depois das legislativas”.
“E isso é um sinal muito nítido a ter em conta nos Açores, em 04 de fevereiro, mas também nas legislativas em 10 de março”, defendeu, apontando que os partidos têm agora de “aceitar as circunstâncias, ir a votos e esperar a confiança dos açorianos”.
Nuno Melo salientou que “o CDS é o único partido estável, maduro, que tem experiência governativa e muitos quadros que de forma confiável soma à direita em Portugal”, pelo que é “um partido importantíssimo para os ciclos do futuro que possam ser alternativa ao Partido Socialista”.
O dirigente centrista afirmou que, a nível nacional, o CDS-PP é “um partido que contará para uma solução de centro-direita, independentemente da modalidade em que esse entendimento ocorra”, mas ressalvou que uma coligação pré-eleitoral com o PSD para as eleições legislativas de março é “uma questão que para já não se põe”.
As eleições regionais nos Açores irão realizar-se cinco semanas antes das legislativas antecipadas anunciadas para 10 de março do próximo ano.
O executivo chefiado por José Manuel Bolieiro deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos dois deputados eleitos pelo Chega se tornou independente e o deputado da Iniciativa Liberal rompeu com o respetivo acordo de incidência parlamentar, em março deste ano.
O Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM manteve um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único do Chega no parlamento açoriano.
Nas regionais de 25 de outubro de 2020, o PS perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, apesar de continuar o partido mais votado, elegendo 25 deputados em 57.
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