“Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar” é o tema proposto este ano pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM, na sigla em inglês), promotor do Dia Internacional dos Museus, data celebrada anualmente, desde 1997, para reforçar os laços dos museus com a sociedade.
Em Portugal, dezenas de entidades públicas e privadas do continente e arquipélagos dos Açores e da Madeira respondem ao repto da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) para que os museus nacionais e da rede portuguesa criem programações especiais para estas datas, habitualmente gratuitas.
Na página da DGPC dedicada ao dia de hoje podem encontrar-se centenas de atividades: de oficinas e piqueniques na Casa de Camilo, em Vila Nova de Famalicão, a visitas guiadas em múltiplas instituições, passando por espetáculos como, por exemplo, um concerto temático da Banda de Empregados da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, no Museu da Carris, em Lisboa, entre muitas outras.
O Jardim Botânico de Lisboa vai receber uma sessão de ‘mindfulness’, enquanto o Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, vai apresentar uma peça de teatro de sombras intitulada “Lenda de Santa Catarina”.
O Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, acolhe uma oficina de pintura de azulejos e o Convento de Cristo, em Tomar, promove visitas guiadas e temáticas com o título “O Convento de Cristo em trinta minutos”.
Na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, vai-se apostar “numa programação especial de três dias [a começar hoje], que inclui uma sessão descontraída, uma peça de teatro, uma exposição temporária e um encontro sobre literatura, arte e saúde mental, com a participação de artistas plásticos, escritores, psicólogos e psicanalistas”.
Em muitos casos, a programação estende-se ao longo do fim de semana, como é o caso do Museu de Arte Contemporânea de Elvas, onde, na sexta-feira, o grupo de lobitos do agrupamento 158 de Elvas do Corpo Nacional de Escutas vai “acampar no museu”.
Anualmente, mais de 40 mil museus participaram no evento, em todo o mundo, segundo o ICOM, enquanto a DGPC organiza um levantamento dos espaços museológicos integrados na Rede Portuguesa de Museus dispostos a juntarem-se às celebrações do Dia e da Noite dos Museus, iniciativa lançada em França, em 2005, que centra as celebrações em horário noturno.
Este ano, o ICOM incentiva os museus a mostrarem o seu potencial transformador para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar: “Os museus podem dar um contributo importante para o bem-estar e o desenvolvimento sustentável das comunidades”, sublinha a organização não-governamental num texto divulgado ´online´ para justificar o tema, acrescentando que “podem ter um efeito-cascata para motivar mudanças positivas” no mundo.
A lista de atividades, em regra gratuita, mas a poder carecer de inscrição, está disponível no ‘site’ da DGPC.
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