A Civilian Joint Task Force (Força Civil Conjunta, CJTF na sigla em inglês) em Maiduguri, no nordeste do país, libertaram os menores cumprindo com o compromisso de prevenir o uso de crianças em conflitos armados.
“É uma etapa importante na luta contra o recrutamento e utilização de crianças, mas muitas outras continuam a integrar as fileiras de outros grupos armados, seja em combate ou em apoio”, afirmou Pernille Ironside, representante adjunta da Unicef na Nigéria.
“Apelamos a todas as partes que cessem o recrutamento de crianças e que as deixem ser crianças”, pediu Ironside.
Em setembro de 2017, a CJTF comprometeu-se junto das Nações Unidas a não recrutar ou utilizar crianças e a libertar qualquer menor que trabalhasse sob as suas ordens, tendo sido esta a primeira ação formal de libertação de crianças pela força.
A CJTF foi formada em 2013 para combater na luta antiterrorista no nordeste da Nigéria e proteger as comunidades locais dos ataques do Boko Haram.
Até ao momento, a Unicef identificou um total de 1.469 crianças (1.175 rapazes e 294 raparigas) associados à CJTF em Maiduguri.
Desde o ano passado, a Unicef diz ter acompanhado a reintegração de 8.700 crianças que pertenciam a diferentes grupos armados na Nigéria.
O Boko Haram é responsável pela morte de, pelo menos, 20.000 pessoas e mais de 2,6 milhões de deslocados desde 2009.
As crianças foram particularmente afetadas pelo conflito, durante o qual aumentaram os sequestros e o recrutamento forçado.
Além disso, também os ataques contra escolas registaram um aumento, visto serem consideradas um símbolo da educação ocidental, à qual os ‘jihadistas’ são avessos.
Segundo a ONU, pelo menos 3.900 crianças morreram e 7.300 ficaram feridas no nordeste da Nigéria entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016.
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