Numa nota de esclarecimento, o conselho de administração do CHLO refere que "as questões relacionadas com desmarcações de consultas de cardiologia se verificaram há cerca de um ano", tendo resultado num "processo instaurado" pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que originou "um conjunto de instruções, algumas das quais já tinham sido implementadas, fruto de processo interno habitual de tratamento de reclamações, e outras já foram entretanto implementadas".
O esclarecimento surge depois de ter sido noticiado hoje que a ERS detetou problemas e constrangimentos no acesso a consultas de cardiologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, com utentes a esperar mais de um ano pelas consultas de seguimento de que necessitavam.
A partir de uma reclamação apresentada em setembro de 2017 sobre consultas de cardiologia sucessivamente adiadas a uma utente, a ERS detetou outras queixas relativas a dificuldades de acesso a consultas de cardiologia no CHLO, que integra os hospitais São Francisco Xavier, Santa Cruz e Egas Moniz.
A situação que motivou a abertura de um processo de avaliação por parte da ERS foi a "sucessiva desmarcação de uma consulta de seguimento da especialidade de cardiologia a uma utente, que veio a falecer no serviço de medicina interna do CHLO, por aparente quadro de insuficiência cardíaca".
O regulador dá conta de outras cinco reclamações de doentes que esperaram mais de um ano por consulta de seguimento de cardiologia. Das cinco reclamações, os utentes esperaram entre 596 dias e 791 dias por uma nova consulta.
De acordo com uma deliberação da Entidade Reguladora da Saúde hoje divulgada, o próprio centro hospitalar reconhece que a redução do seu quadro médico ao longo dos últimos anos "pode, em determinados períodos do ano, comprometer a assistência médica programada nas suas atividades de rotina da consulta externa de cardiologia e de realização" de exames.
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