A 23 de maio, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, disse que o CHTV ia vai deixar de receber novos doentes oncológicos a partir desta sexta-feira, uma situação que classificou de “enorme gravidade”.
“Não se confirma essa situação, vamos continuar a receber novos doentes”, assegurou hoje o conselho de administração.
Segundo a mesma fonte, “tudo continua como tem funcionado, sendo que o conselho de administração está empenhado na resolução dos problemas que afetam o serviço”.
Carlos Cortes tinha criticado o facto de a oncologia ser “um serviço completamente esquecido daquele hospital”, onde a partir de junho haveria apenas dois médicos, além de que os espaços para o tratamento dos doentes oncológicos “são extremamente reduzidos, sem nenhuma condição” para os receber.
O responsável adiantou que a Ordem foi informada pelos diretores das especialidades cirúrgicas de que “todos os meses estão a sair à volta de cem doentes, em média, daquele hospital, simplesmente por razões economicistas”.
“Significa que existe a capacidade técnica dos cirurgiões para intervencionarem esses doentes, mas por decisão do conselho de administração, que entende que é mais barato esses doentes serem operados fora daquele hospital, esses doentes não são operados” no CHTV, adiantou.
Para Carlos Cortes, quando se começa “a pensar desta forma o serviço público de saúde, então significa que é o princípio do fim do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
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