“Racismo nunca mais” e “racismo e fascismo não passarão” são algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes.
O protesto acontece na sequência de incidentes entre moradores e a polícia ocorridos no passado domingo em Vale de Chícharos, conhecido como Bairro da Jamaica, no Seixal, e contou com apenas uma minoria de habitantes deste bairro.
A Associação para o Desenvolvimento de Vale de Chícharos demarcou-se do protesto de hoje.
A organização do protesto foi assumida por alguns movimentos e associações, como o Coletivo Consciência Negra, a SOS Racismo, a Plataforma Gueto, a FEMAFRO – Associação de Mulheres Negras, Africanas e Afro-descendentes em Portugal e a Afrolis — Associação Cultura.
No domingo passado, a polícia foi chamada a Vale de Chícharos após ter sido alertada para “uma desordem entre duas mulheres”.
Segundo a PSP, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da polícia quando estes chegaram ao local, atirando pedras. Do incidente resultaram feridos, sem gravidade, cinco civis e um agente.
Na segunda-feira, decorreu uma manifestação contra a violência policial, convocada nas redes sociais, em frente ao Ministério da Administração Interna, em Lisboa, que resultou em quatro detenções por apedrejamento aos agentes da PSP, de acordo com a polícia.
Em declarações à Lusa, vários moradores afirmaram que “não convocaram” nem participaram nesse protesto.
O Ministério Público e a PSP abriram inquéritos aos incidentes no bairro da Jamaica.
Numa resposta enviada à Lusa, a Câmara do Seixal referiu que o ambiente tem estado “completamente tranquilo” em Vale de Chícharos e que “os esforços do município estão concentrados na resolução dos problemas habitacionais existentes”.
Hoje, numa visita ao bairro, a vereadora da Habitação na Câmara Municipal do Seixal afirmou que os moradores no bairro de Vale de Chícharos (Jamaica) são pessoas pacíficas e trabalhadoras e que o incidente de domingo com a polícia foi um caso pontual.
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