“No Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo masculino, de forma absolutamente cordata e ordeira, cerca de 200 reclusos recusaram tomar a refeição do jantar, tendo regressado ordeiramente às celas”, afirmou a mesma fonte da DGRSP.
No Estabelecimento Prisional da Covilhã, a diretora, Otília Simões, informou que “houve da parte da população reclusa um pedido de esclarecimento para saber por que não se podia telefonar às famílias”.
“Reuni-me com eles [reclusos], expliquei que tem a ver com os serviços estipulados nesta greve”, disse Otília Simões, explicando ter assumido o compromisso de expor a situação superiormente.
Segundo Otília Simões, “no estabelecimento ficou tudo calmo, tudo tranquilo e os reclusos regressaram às celas normalmente”.
Hoje, mais de metade dos reclusos da prisão de Custóias, no distrito do Porto, recusaram-se a almoçar, obrigando os guardas prisionais a disparar balas de borracha para o ar para repor a ordem, disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves.
Segundo Jorge Alves, quando foram chamados para o almoço, os reclusos das alas A, B e C da prisão de Custóias recusaram-se a ir para o refeitório e começaram a arremessar bens que tinham nas celas para os guardas prisionais e a causar distúrbios.
O sindicalista adiantou que a direção da prisão, que tem mais de mil reclusos, deu indicações para serem disparados tiros para o ar para repor a ordem e a normalidade, conseguindo deste modo que os reclusos fossem fechados nas celas à força.
Fonte da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP) disse à Lusa que não se tratou de um motim, apenas uma parte substancial dos reclusos não quis almoçar.
Na terça-feira, reclusos da ala A do Estabelecimento Prisional de Lisboa amotinaram-se com gritos, queimaram colchões e papéis e partiram algum material, obrigando os guardas prisionais a “usar a força”.
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