“Devido a greve da IP - Infraestruturas de Portugal - a circulação dos comboios da Fertagus irá realizar-se amanhã [quarta-feira], dia 02 de junho, de forma condicionada”, é referido num comunicado da empresa, que assegura a ligação ferroviária sobre a Ponte 25 de Abril.
Segundo a Fertagus, prevê-se a realização de apenas 25% dos horários, “com períodos de interrupção do serviço ao longo do dia”.
“A Fertagus lamenta esta perturbação ao nível da circulação da qual é, no entanto, alheia e sugere a utilização de transportes alternativo”, lê-se na nota.
A empresa, que pertence ao Grupo Barraqueiro, assegura o transporte ferroviário entre Setúbal e a estação de Roma-Areeiro, em Lisboa, numa extensão de 54 quilómetros.
Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) vão estar em greve na quarta-feira, reivindicando o aumento dos salários e o cumprimento do acordo de trabalho, o que poderá causar “perturbações significativas” na circulação de comboios.
“No exercício do dever indeclinável que lhes assiste na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representam, vem a plataforma de sindicatos com representatividade na empresa Infraestruturas de Portugal S.A. e nas suas participadas [IP Engenharia, IP Património e IP Telecom] […], comunicar que enviou um aviso prévio de greve, com início às 00:00 e término às 24:00 do dia 02 de junho de 2021”, anunciaram, em comunicado, os sindicatos.
Os trabalhadores reivindicam o aumento dos salários, contratação dos trabalhadores, cumprimento integral do clausulado no acordo coletivo de trabalho (ACT), atualização do valor do subsídio de refeição, integração do abono de irregularidade de horário com conceito de retribuição e a atribuição de concessões de viagem no operador de transportes CP a todos os trabalhadores da IP e participadas.
Em causa, está também a abrangência das deslocações e horas de viagem aos trabalhadores, o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo, a atribuição de isenção do horário de trabalho aos colaboradores cujo serviço justifique e a alteração das quotas na classificação de “bom” e “muito bom” para efeitos de promoção na carreira técnica.
Por outro lado, os trabalhadores apontam falta de produtos de limpeza e higiene e pedem melhores condições de segurança nas instalações sociais e locais de trabalho.
A CP – Comboios de Portugal também já alertou para a probabilidade de ocorrência de “perturbações significativas” dos serviços.
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