Cerca de 20 estudantes oriundos de várias escolas da cidade do Alto Alentejo marcaram presença no protesto, que está a decorrer em várias cidades de todo o mundo, empunhando cartazes a exigir aos governantes medidas que protejam o planeta.

“É necessário que os governos e as pessoas que têm algum poder sobre isto abram os olhos, se consciencializam e tomem ações que nós não somos capazes de tomar sozinhos em defesa do planeta”, alertou Rita São João, coordenadora do Núcleo de Portalegre da Greve Climática Estudantil, em declarações à agência Lusa.

Para esta aluna do 12ª. ano, da Escola Secundária Mouzinho da Silveira, os estudantes estão “preocupados com o futuro”, considerando que “ainda há esperança” na redução das emissões de dióxido de carbono, para que o planeta possa “sobreviver”.

Luís Steart, de 17 anos, deslocou-se da Escola Secundária de São Lourenço, também em Portalegre, para participar no protesto motivado pela “vontade de mudar e fazer mudar” as políticas ambientais.

“Os políticos estão consciencializados para esta questão, mas não ganham dinheiro suficiente para mudar alguma coisa”, lamentou, em declarações à Lusa.

Nos cartazes que empunhavam podia ler-se “Dinheiro não compra tempo”, “O clima está a mudar porque é que nós não mudamos?”, ou “A terra a morrer e os políticos a ver”, entre outros.

Alem do núcleo de Portalegre da associação ambientalista Quercus, marcou também presença no protesto o coordenado do programa Eco Escolas, da Escola Básica José Régio, José Janela, que disse à Lusa que a bandeira verde daquele programa foi hoje colocada a meia haste naquele estabelecimento de ensino.

O responsável lamentou ainda a fraca adesão ao protesto, "apontando o dedo" ao mau tempo que se faz sentir em Portalegre, mas, principalmente, pela greve nacional dos trabalhadores não docentes dos estabelecimentos de ensino.

“A Escola José Régio foi uma das que encerrou, os estudantes dispersaram logo desde manhã”, lamentou.

A Greve Climática Global realiza-se hoje em 157 países, e, na sua quarta edição, tem como principal objetivo mobilizar os jovens a participar na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP25).

São esperados mais de cem mil manifestantes na greve climática, segundo estimativas do ‘site’ oficial do movimento FridaysForFuture, e os protestos pretendem convencer o máximo de pessoas a ir à COP25, que se inicia em Madrid (Espanha) na segunda-feira.